Susana Carvalho | Culture Setting | Managing Partner
O modelo numa página
O Leadership Circle assenta em 18 competências criativas e 11 comportamentos reactivos, descritos em percentis e comparados com o benchmark mundial. Representa-nos enquanto líderes, em toda a nossa potencialidade e complexidade reativa e criativa:

O lado reativo, é traduzido em comportamentos de controlo, conformidade e proteção. Comportamentos que decorrem de modelos de liderança que vêm desde a revolução industrial, e que possibilitaram o crescimento e o funcionamento das organizações e da sociedade, em geral. Está muitíssimo mais enraizado nas nossas estruturas de pensamento, do que por vezes gostaríamos, como resultado de longos processos de socialização, durante grande parte do século XX.
Há uma força na liderança reativa que é a fonte para uma ação rápida, para respostas a problemas urgentes, e para a concretização de resultados previsíveis e com escala. Ela existe para produzir resultados e, funciona também, como um sistema de imunidade para manter a ordem e a estabilidade necessárias. A estrutura reativa torna-se um problema quando, inscrita na cultura de liderança, logo na cultura organizacional, se torna invisível. Ou seja, quando os líderes perdem a capacidade para notar as suas limitações e os seus efeitos. Porque assente em paradigmas de liderança de comando e controlo, que reforçam o status quo, a liderança de tipo reativo não é suficiente para lidar com a complexidade dos desafios do atual contexto em que os velhos paradigmas deixaram de funcionar e que requerem uma liderança mais distribuída e a ativação da inteligência coletiva da organização.
A prática da liderança criativa está associada a um conjunto de competências altamente correlacionadas com a eficácia na liderança e com o desempenho do negócio. As competências estão agrupadas em cinco categorias: (1) concretização de resultados, (2) pensamento sistémico, (3) autenticidade, (4) autoconsciência, (5) e construção de relações com outros. Os líderes criativos estão focados em gerar resultados mais sustentáveis, pensam mais sistemicamente, agem com integridade, lideram mudanças assentes em princípios, desenvolvem relações colaborativas e fazem crescer equipas. À medida que os líderes evoluem da liderança reativa para a criativa, começam a distribuir o poder, a valorizar o desenvolvimento das pessoas; a criatividade e a tomada de decisão são desenvolvidos em mais níveis na organização; os estilos de liderança tornam-se mais empowering, de envolvimento e colaborativos.
“Os líderes criativos estão focados em gerar resultados mais sustentáveis, pensam mais sistemicamente, agem com integridade, lideram mudanças assentes em princípios, desenvolvem relações colaborativas e fazem crescer equipas.”
A viagem para uma liderança mais criativa
A liderança criativa é um processo em que os líderes começam a questionar crenças limitadoras e padrões de comportamento reativos em excesso, e que já não os satisfazem ou que limitam a sua eficácia na liderança. O processo é transformacional e obriga a largar crenças profundas que alicerçam a identidade enquanto líderes e a reconfigurá-la, não como o resultado das expetativas culturais, mas sim a partir de uma visão pessoal e intrínseca:

A viagem começa por ser individual, pessoal e intransmissível, e, por isso, inicia-se com uma avaliação 360º, desejavelmente, para acelerar o processo de tomada de consciência e o sentido de urgência; seguida de um processo de Coaching.
Contudo, para desenvolver culturas de liderança mais criativas e ágeis é necessário prosseguir a viagem de desenvolvimento no coletivo, da equipa (suportada em Team Coaching), ou da organização (suportada em intervenções e programas mais alargados).
Esta viagem é urgente porque o contexto de negócio, e os complexos desafios colocados às organizações estão a colocar uma elevada pressão nos líderes para evoluírem e se adaptarem. O século XXI exige hoje dos líderes uma criatividade e uma agilidade superiores aos níveis que estes dispõem para responder com eficácia. O sucesso sustentado das organizações e a sua capacidade para se adaptarem e serem bem-sucedidas depende de culturas de liderança mais criativas!
“Esta viagem é urgente porque o contexto de negócio, e os complexos desafios colocados às organizações estão a colocar uma elevada pressão nos líderes para evoluírem e se adaptarem.“
Para quem pretender aprofundar o tema:
White Paper – Neste white paper, Bob Anderson fala-nos com maior profundidade acerca de todos estes temas. Encontram ainda informação acerca dos quatro quadrantes da mudança do Ken Wilber e dos estádios de desenvolvimento adulto do Robert Kegan: https://2y3l3p10hb5c1lkzte2wv2ks-wpengine.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2019/04/Spirit-of-Leadership-Whitepaper-V.2-MAR2019.pdf
Free Test – O LCP é um assessment 360º e é no 360º que está o seu valor e riqueza. Ainda assim, caso pretendam ficar com uma ideia do vosso perfil podem realizar o teste aqui: https://leadershipcircle.com/en/solutions/for-individual-leaders/
Livro – Se quiserem conhecer a investigação e a obra do autor, encontram-na aqui: https://www.fnac.pt/Mastering-Leadership-Robert-J-Anderson/a1289352
Webinar – Para mais informações sobre o modelo irá decorrer um webinar co-liderado pelo meu colega Liberto Pareda no dia 09 de março às 18h30: https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6770292702660636672/